sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

-Se depender de mim nunca ficarei plenamente madura, nem das idéias, nem no estilo. Mas sempre verde, incompleta, experimental . Chorando pelo doce roubado, encantada pela experiência de se calçar um salto. Ninguém,ainda que na velhice,consegue atingir a perfeição. Sabe aquela perfeição que não te deixa mais chorar diante das desilusões,diante de uma partida,se emocionar diante de uma cena tocante? Pois é, voce não sabe,nem eu sei,ninguém sabe. Se existe graduação para atingir a maturidade,acredito que sempre estarei aqui,nesse jardim de infância. Ainda choro ao ver fotografias e ao ouvir músicas. Se eu tivesse me tornado um ser perfeito e completo,eu preferiria não mais viver, não teria nenhum valor minhas buscas,conquistas e erros. Porque a vida só é bem vivida quando se caminha na ânsia de esperar algo no final,e é isso o que mais almejo:somente a espera deliciosa de sempre encontrar algo na próxima esquina, na próxima estrada e nos próximos anos. Tudo aquilo que me faça crescer e quem sabe um dia estar frente a frente com a estranha, desconhecida e tão falada perfeição.

(Rosana.C.Martins)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

'Somente a humildade
edifica uma alma.
Edifica um momento,
edifica toda uma década,
toda uma geração.
Possibilita passos serenos,
conquistas plenas e
corações enormes.
Note os grandes Homens
da História e que ainda hoje
permanecem na lembrança.
Dentro deles existiu algo
que os fizeram infinitos...
Discretamente, por trás
dos seus feitos e obras,
lá está ela... A humildade,
a perdurar ao longo dos tempos,
fazendo grande e notável até mesmo
aquele que já se foi.'

( Rosana.C.Martins)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

'Não existem pessoas más,
apenas pessoas vazias de amor.
Então,não tenhas medo...
Carrega contigo a sabedoria das flores,
que perfumam as mãos até mesmo de quem as fere.
Opte pelo amor e pelo amar,
pois só assim viverás além da vida...
A carne nos faz matéria,
mas o amor nos faz seres eternos.'

(Rosana.C.Martins)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O que nossas convicções,tolas e imaturas veem é julgamento. É apenas um julgamento vago,sem argumento e sem nexo. E muitas vezes somos traídos por elas. Tudo isso porque sempre teimamos em ficar presos em nossas cascas, porque preferimos continuar como pérolas escondidas em nossas conchas,privando-nos de mostrar ao mundo todo brilho e talento. Somos prisioneiros de nós mesmos,encarcerados por nossas idéias que nunca saem do papel, por verdades mentirosas e pelo pré-julgamento que damos ao novo. Nunca se sabe o que há por trás daquela porta. Lhe falta coragem para abrí-la,suas mãos tremem e suas pernas travam,enquanto ali atrás poderia estar a grande virada da sua vida.  E apesar de ser consumido por toda a fraqueza,voce se julga o sábio,e continua abraçado com a vidinha de sempre, amanhã acordando e reclamando porque a vida não muda. Chega de tudo isso. Chega de viagens adiadas,de batalhas canceladas,de assistir a vida pela janela. Existe um herói e um fracassado dentro de voce. E voce decide qual desejas alimentar,qual desejas que cresça forte e faça uma revolução em sua vida. Não deixe se trair por suas próprias inverdades. Além desse mundinho de ilusão, existe um mundo imenso. Tá vendo essa estrada infinita? Ela só está esperando que voce saia aí da margem para poder lhe levar a lugares que voce nem sonhava que existia,a sonhos que voce nem sabia que sonhava. Ninguém disse que não há riscos,mas se não deres o primeiro passo,continuarás nessa eterna roda movida pela mesmice, escravo de um suor desnecessário,o carrasco de si mesmo.

(Rosana.C.Martins)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

- Me lembro bem do meu primeiro sonho e faço dele a base para todos os sonhos que hoje despertam em mim. A história abaixo é verídica e ilustra um grande momento da minha vida.
 Eu suspirava por uma BICICLETA, sim, este foi o maior e mais supremo objeto de desejo da minha infância. Devido às más condições financeiras da época,era praticamente impossível que eu ganhasse uma. Me lembro bem daquelas tardes,sentada na calçada,  meus olhinhos ficavam passeando,brilhantes, pelas bicicletas alheias que passavam pela minha rua. Uma vez ou outra,alguém deixava eu dar uma volta,e nesses pequenos instantes eu vibrava de felicidade. E esse sonho permanecia em mim,e uma hora ou outra eu sabia que eu iria conseguir uma... Tá bom,as possibilidades eram mínimas,nulas talvez, mas mesmo assim,eu guardava aquilo comigo. Já nem pedia mais pra minha mãe,eram tantos problemas maiores que aquele que eu não gostava de deixar minha mãe perceber que eu tinha vontade de algo,temendo que ela ficasse magoada. O que me importava era que aquele era um sonho e eu me nutria de toda a esperança possível. O tempo passou,e o sonho ainda permaneceu,e em um belo dia dos meus onze aninhos de idade,após um concurso na escola,adivinha?! Eu ganhei uma bicicleta! Vermelha,linda. Acho que aquela foi a melhor sensação da minha vida. Melhor que passar no vestibular,melhor que ganhar o primeiro salário,melhor que fazer dezoito anos,enfim, foi indescritível. E nem preciso dizer que apartir daquele dia eu andava de bicicleta o dia inteiro né?! É,eu andei o resto do ano,por todas as ruas da cidade. Mas a parte curiosa da história ainda está por vir. Passou-se um ano e alguns meses(quase dois anos talvez),e novamente na escola,em um sorteio... Isso mesmo! Eu ganhei o-u-t-r-a bicicleta! Na hora,fiquei estática,sem palavras e saí de lá com minha outra bicicleta. Apartir daí eu revesava,um dia andava em uma,outro dia em outra,e enfim...
Essa história da bicicleta é a maior metáfora da minha vida. Sempre que nasce algum sonho em mim e as circunstâncias me dizem não,me recordo dessa história.

'Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.'

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sempre imaginei a hipótese de que quando cada um nascesse, ganhasse um mapa. Seria mais fácil caminhar. Não seria tão incerto arriscar um caminho. Seria legal ficar olhando para todas as rotas futuras e ver qual seria o próximo porto. Nos prepararíamos mais para atravessar desertos,navegar por mares tempestuosos ou suportar o frio. É,seria legal sim,se não fosse tão trágico.
Trágico porque não teria graça nenhuma a surpresa da chegada, o suor no meio do caminho, o abrir de olhos para o lugar em que se chegou. Trágico porque não teríamos o direito de errar,tendo a rota ali prontinha.
 Bom mesmo é o sabor de toda a incerteza. E prefiro mesmo essa linha imaginária que é a vida. Descarto a hipótese do mapa e em meio a erros e acertos a única certeza é de que a caminhada continua. E é essa a bússola que me impulsiona a viver.

' Poderia considerar alguns anos atrás,os meus oito anos talvez,como os tempos mais cheios de sonhos. Era naquela época que eu olhava da minha janela e me imaginava saindo por aquele portão,indo embora dali alguns anos depois,com uma grande mochila nas costas e várias lembranças no coração. Era justamente ali naquele tempo que eu pensava que iria poder mudar o mundo ou escrever um livro.
 Ali, o futuro ainda era um estranho, um estranho pelo qual eu mantinha uma doce simpatia. Um estranho que me fazia ter vontade de de crescer logo,de poder montar aquela vida que eu ficava imaginando quando ía dormir. Hoje,vejo que aquele estranho não é tão simpático assim. Que nem tudo é como eu pensei. Aparentemente,um sentimento de frustração me envolve,mas a verdade é que ainda sou aquela mesma garotinha e sonho com todas aquelas mesmas coisas(xii, não conta pra ninguém porque é segredo!). E espero um dia voltar aqui e escrever que todas aquelas coisas aconteceram e descrever detalhe por detalhe a sensação de se transformar no ser sonhado, e agora,além dessas palavras,percebo que sonhos não envelhecem,pois é, não envelhecem mesmo.'
'Ingere palavras,se possível as mais doces,e faça acontecer.
Quando a dor te perturbar,quando as lágrimas insistirem em cair.
Sacia-se, satisfaça-se.
E como um ser racional,
use e abuse de toda essa racionalidade.
Não fomos feitos para viver como bichos,
mendigando o pão, se arrastando por migalhas.
Ingere palavras e se vista de toda força,coragem
e determinação.
Avança. Busque. Arrisque-se.
Resgate esse herói que desbravou alguns anos da História.
Esta é a sua história...
Levanta dessa cadeira,
atenda à vida que nesse exato momento bate à sua porta.'

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

'Lá se vai o Barco...
A se perder pela linha do horizonte.
A se perder? Não...
Se perde somente dos meus olhos,
mas sei que bem longe está ele,
a cruzar mais um porto,
a brincar com a maré.
Já não o vejo mais,mas sei que está bem,
sei que está navegando por este mar infinito.
A mesma história se aplica à morte:
Lá se vai a pessoa querida,
e embora a perdemos de vista,
em algum lugar está ela,
a descansar em outro porto,
distante dos olhos,
mas perto da lembrança
e presente no coração.
Não há porque chorar
quando se carrega a certeza
de que o outro está bem,
em imensa calmaria e
quem sabe em mares muito menos bravios
que estes daqui.'