segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ainda que o tempo atropele algumas coisas, sei que dentro de mim, o que é bom aprimora, o que é necessário torna-se essencial, o que é raro, tranca-se em sete chaves, o que já não é importa é levado pelo vento. As coisas mais leves ficam, o que pesa nas costas, é abandonado no meio do caminho. E é esta a regra. E mesmo que o tempo traga-me rugas, reflita no espelho uma imagem desagradável, jogue-me nas areias, lama ou dilacere meu corpo depois das mais diversificadas situações, sei que meu interior rejuvenesce e acumula a sabedoria proveniente do erros que só o tempo poderia causar. Se pensarmos bem, a vida é como o vinho, quanto mais velho, melhor. Que saibamos reconhecer essa beleza discreta e tão esplenderosa, contemplando a imensidão que o tempo traz com ele, e que muito ao contrário do que se pensa, nos faz bem.

Um comentário:

  1. Olá Nãna!
    Que legal. Gostei muito do seu texto. Seria bom se a gente deixa-se os pesos pelo caminho né?
    Seu texto me lembrou de uma musica do Lobão: Decadence avec elegance (envelhecer mas com elegância). Legal minha amiga!

    Tchau e tenha um lindo dia!

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